Como lidar com os «animais».

São insultos, bofetadas, arranhões, puxões de cabelos, dentadas… e agora até cocktails molotof enviam contra os carros dos docentes. Falta de educação, famílias complicadas, bairros problemáticos, etc. Tudo serve para justificar as agressões. Para mim, até pode justificar, mas apenas em parte. A outra parte (porventura a maior) está na reforma educativa que este governo PS implementou (e irá continuar a implementar).
Mas como nada posso fazer para travar a reforma educativa, e consequente perda de autoridade dos professores, apenas me vou pronunciar naquilo que podemos fazer e que depende directamente de nós:
1) Por regra, e como já referi no meu outro blogue, às agressões precedem insultos e injúria. É aqui que devemos começar a intervir. Fazer uma queixa às autoridades está ao nosso alcance, só temos de possuir testemunhas. Acreditem que este procedimento faz milagres… Mas isto é para quem não é preguiçoso. Para quem não está para ter trabalho, pode no futuro, ter direito a um descanso prolongado no hospital ou então, de «baixa» em casa e com vergonha de encarar os alunos e os colegas.
2) Quem intervém de forma violenta junto dos docentes, não compreende patavina de português. Querem conversar? Pois sim… Vocês falam e eles agridem. Quem vai à escola com o intuito de agredir professores, não será demovido com palavras bonitas e conselhos úteis. Podem tentar, mas por aquilo que sei (e que já observei), raramente resulta. Tentem na medida do possível, afastarem-se em passo calmo e a olharem aquilo que acontece nas vossas costas. Nada de fazer frente. É o que costumo fazer com cães de grande porte e regra geral, referenciados como perigosos. Se constatarem que espumam da boca, tenham cuidado com as mordidelas. Vacinas em dia, ok?
3) Se por um mero acaso, constatarem que estão a «apanhar» uma valente carga de porrada, nada de ficar a ver. E tal e coisa, somos educados, profissionais e temos de mostrar que não baixamos ao nível de quem nos agride. Pois… Que coisa linda de se dizer. Principalmente com um olho negro e umas costelas partidas. Perdoem-me os mais sensíveis e polidos, mas a não ser que venham armados, não ficaria apenas a ver e a defender-me. Reagia, e com a força toda que tivesse! Não é uma questão de educação, mas sim uma questão de auto-preservação. Obviamente que com um procedimento deste tipo, acabariam nas televisões, jornais e rádios desse país fora, e eventualmente iriam presos (o país não está habituado a que os professores se defendam), mas os «animais» têm boa memória e dificilmente iriam repetir a façanha.