As crianças… e os seus pais.

Para piorar, quase nunca vejo os pais destes meninos e meninas. São de ruas distantes da minha. Ontem deparei-me com um, que conversava com o meu vizinho da frente. Fiquei surpreendido quando ouvi um comentário, que consistia basicamente no seguinte: “Na minha rua é que estes miúdos não brincam… Estragam os carros todos!”. Curiosamente esta personagem esqueceu-se que o filho dele também faz parte dos “arruaceiros”.
Nas férias do Natal, um destes petizes, amolou a chapa de um veículo. Havia testemunhas, e como tal o pai desta criança foi chamado. Quando chegou (com um ar bastante transpirado e quase sem fôlego – como se andasse a treinar em casa, a elaboração de mais um descendente) foi chamado para assumir responsabilidades. A resposta foi clara: “Eu não tenho culpa daquilo que o meu filho faz, como tal, não pago”. Ainda chegou a pôr em causa as testemunhas, dizendo que com tantas crianças como é que conseguiram ver que era o filho dele. Isto tudo depois de o próprio filho admitir o que fez. Só com a ameaça de “chamar a polícia”, este troglodita recuou.
Com pais destes, o que poderemos esperar dos filhos…