7/13/2008

As crianças… e os seus pais.

No meu bairro, houve nos últimos tempos um boom de nascimentos. Até há cerca de um ano, até nem me importava. Pensava eu: “Quantas mais crianças melhor, que estou a precisar de alunos”. Mas desde que terminaram as aulas, o ambiente nocturno tornou-se irreal. São cerca de 20 miúdos que fazem tanto barulho, que só a partir das 23h30m é possível obter algum silêncio e descanso. Fazem de tudo… Andam de bicicleta, jogam à bola, às escondidas, gritam imenso, etc. Por regra, quem “sofre” de forma directa, são os veículos estacionados. Já perdi a conta às boladas que fazem mossa, e aos desequilíbrios de bicicleta que provocam danos na pintura. Quando me atrevo a pedir para terem mais cuidado ou fazerem menos barulho, levo quase sempre com umas caras torcidas.

Para piorar, quase nunca vejo os pais destes meninos e meninas. São de ruas distantes da minha. Ontem deparei-me com um, que conversava com o meu vizinho da frente. Fiquei surpreendido quando ouvi um comentário, que consistia basicamente no seguinte: “Na minha rua é que estes miúdos não brincam… Estragam os carros todos!”. Curiosamente esta personagem esqueceu-se que o filho dele também faz parte dos “arruaceiros”.

Nas férias do Natal, um destes petizes, amolou a chapa de um veículo. Havia testemunhas, e como tal o pai desta criança foi chamado. Quando chegou (com um ar bastante transpirado e quase sem fôlego – como se andasse a treinar em casa, a elaboração de mais um descendente) foi chamado para assumir responsabilidades. A resposta foi clara: “Eu não tenho culpa daquilo que o meu filho faz, como tal, não pago”. Ainda chegou a pôr em causa as testemunhas, dizendo que com tantas crianças como é que conseguiram ver que era o filho dele. Isto tudo depois de o próprio filho admitir o que fez. Só com a ameaça de “chamar a polícia”, este troglodita recuou.

Com pais destes, o que poderemos esperar dos filhos…

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