1/16/2008

Silêncio...

Adoro rir. Gosto de gargalhadas. Adoro cores (isoladamente e não arco-íris). Gosto de histórias (a mesma nunca é contada duas vezes da mesma forma). Gosto de cães (bastante mesmo). Adoro bons odores. Gosto do vento (que me acaricia a face). Gosto do cheiro de livros novos. Gosto de pessoas especiais (tão raras hoje em dia). Gosto de me sentir útil. Adoro ouvir as gotas da chuva a bater na janela. Gosto de abraços. Gosto do som do mar. Adoro escrever. Gosto de mim (sem ser narcisista).

E no meio dos meus defeitos e qualidades, aprendi que são os pormenores que me fazem feliz.

Bem no centro desses pormenores, existe um que considero dos mais importantes. Não consigo gostar de quem se silencia. Não gosto de quem lê e nada comenta. Não gosto de quem ouve e nada responde. Para isso existem os livros. Para isso existe a rádio.

Incomoda-me profundamente não conseguir "ver" a alma das pessoas traduzida em palavras. Não me basta o olhar... Não me basta a expressão facial... Não me basta a posição corporal...

Delicio-me com as pessoas que defendem a sua opinião e que me permitem reflectir e crescer com aquilo que ouço e leio.

Termino este post com uma frase famosa do escritor Charles Caleb Colton: O silêncio é tolo quando somos sábios, mas é sábio quando somos tolos.

2 comentário(s):

Anónimo 17 de janeiro de 2008 às 12:02  

És lindo.... Beijo

Anónimo 18 de janeiro de 2008 às 15:53  

Não posso deixar de comentar... Não sou daquelas que não o fazem, ainda que às vezes o faça com um silêncio estridente, muchacho...

"Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal como isso. Alguns atiram-se de janelas ou afogam-se, ou tomam comprimidos; um número maior morre por acidente, e a maioria, a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo. Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto imaginámos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e difíceis. Mesmo assim, adoramos a cidade, a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais. Só Deus sabe porque amamos tanto isso..."

Do livro “As Horas”

Beijo

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