3/10/2008

Repletos de tretas...

Mal abro um jornal ou visito um blog, normalmente consigo encontrar um artigo ou comentário, a criticar os professores e as suas iniciativas de desacordo relativamente ao Ministério da Educação.

Reconheço que muitos dos meus colegas de profissão nunca leram a legislação que regulamenta o processo de avaliação de desempenho! Provavelmente, o que sabem é das "conversas de café" ou eventualmente de reuniões de esclarecimento promovidas por sindicatos. No entanto, não consigo acreditar que a esmagadora maioria dos 100 000 colegas que se manifestaram o sábado passado em Lisboa, não soubessem qual ou quais os motivos de tal iniciativa. Claro que sabem... Mas alguém pensa que os professores são "tapados" ou "fantoches" de um qualquer partido político! 100 000 "fantoches"?! 100 000 "tapados" que não sabem o que estão a fazer? Mais de 2/3 da classe... Não me parece.

Porém, existem muitos que criticam as respostas de alguns professores aos meios de comunicação... Mas o que é que estes críticos querem? No meio de uma manifestãção, porventura alguém tem cabeça para dissertar de forma exaustiva e apresentando alternativas a este processo de avaliação? Por favor... Claro que podia afirmar que seria capaz de argumentar de forma mais eficaz e enumerar exactamente os motivos do meu desacordo, mas afinal, estou sentado à frente de uma secretária, a ouvir Evanescence e com algum tempo para explanar posições.

1 comentário(s):

Anónimo 11 de março de 2008 às 14:21  

A luta continua... a procissão ainda não saiu do adro.

Os comentadores a soldo do ME têm a credibilidade que cada um lhes atribui. A estratégia do Governo é claramente denegrir a imagem pública dos professroes para legitimar as asneiras (desculpa, reformas) que tem vindo a fazer.
Por isso, devemos continuar a lutar, não deixar que o assunto esmoreça e colocar a comunicação social sempre a par de todas as inicativas que vão endo realizadas.
Já ouvi por aí umas conversas de greves anunciadas... acho que isso reverterá contra nós, acusados de não querermos trabalhar e prejudicar os alunos.

Continuem-se com as manifs... se for necessário uma nova ida a Lisboa ou a outro lado qualquer... estaremos lá todos novamente, a reivindicar bem alto uma maior dignidade e justiça na nossa profissão.

S.

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